Ola amados, Graça e Paz!
Essa semana comemoramos a Festa do Purim, e no final de semana passado, fizemos um grande Jejum de Ester na igreja. Abaixo, segue os links dos vídeos e segue também um texto interessante que nos ensina sobre isso. Assistam os vídeos a seguir:
As “Ester” que entraram na brecha da oração esses dias, tiveram grandes experiencias com Deus, e nós como igreja recebemos, e veremos grandes coisas em prol da igreja e do nosso país. Viveremos o PURIM !! – Compartilhe essa nota.
Ap. Miquéias Castreze
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A Festa de Purim e o Livro de Ester
O livro de Ester tem representado uma grande incógnita para muitos teólogos cristãos e estudiosos judeus há vários séculos. A principal razão para tal caracterização se dá pelo fato de não se ter mencionado no livro de Ester o nome de Deus; ou seja, o tetragrama não é mencionado sequer uma única vez ao longo do enredo descrito. Mas, porque os sábios e escribas judeus optaram por incluir o livro de Ester entre os escritos sagrados, aceitando sua história como verídica? Quais foram os critérios utilizados para se aceitar o livro de Ester como sendo “divinamente” inspirado?
Se analisarmos com cautela o conteúdo da trama do livro, veremos que as personagens e os eventos ali narrados são comprovados historicamente através de outras fontes escritas, a maioria de origem babilônica e grega. Apesar dos reis persas se casarem apenas com mulheres de linhagens reais e nobres, escritos gregos datados do séc II A.C comprovam que o rei Xerxes I (Assuero), realizou um grande banquete para escolher para si uma nova esposa, já que estava extremamente decepcionado não apenas com a rebeldia da rainha Vasti (Amestris), mas também com as sucessivas derrotas para o emergente império grego. Além disso, a tradição criada em decorrência da história do livro de Ester é guardada por judeus de todo o mundo há mais de 2000 anos através da Festa de Purim (Et 9:27 e 28). Mordechai, primo de Ester, dotado de autoridade real, ordenou que fosse celebrada ao longo das gerações do povo judeu a Festa de Purim (Pur=sorte), nos dias 14 e 15 do mês de Adar, como constante recordação do grande livramento que tiveram os judeus das mãos do malvado Hamân (Hamã). Por isso, a festa de Purim é celebrada por judeus de todo o mundo, até os dias de hoje.
Meguilát Ester (Rolo do Livro de Ester) com ilustrações medievais – Alemanha, séc. XIV
Mas a pergunta primordial ainda se encontra sem resposta: Porque o nome de Deus não é mencionado no Livro de Ester?
Ibn Ezra, o grande sábio rabino medieval, afirmou que apesar do tetragrama (YHVH) não ser mencionado sequer uma vez em Ester, a mão do Deus de Israel é claramente visível nos eventos narrados. O Rabino Ezra ainda vai além ao analisar da seguinte forma a ausência do nome de Deus: “O Sábio Mordechai ordenou para que fosse celebrada a Festa de Purim como memorial entre os judeus da diáspora. Certamente, a história de Purim deveria ser lida durante as comemorações. Os judeus da diáspora habitavam entre povos pagãos, e se o tetragrama fosse utilizado na escrita, certamente esses povos iriam profanar o Santo nome do Eterno, substituindo-o pelo nome de seus deuses. Por isso, nossos sábios do passado optaram por não utilizar a grafia do nome do Eterno no livro de Ester.” A explanação do sábio Ibn Ezra é bem condizente com o que a Torá diz a respeito do nome de Deus, e possivelmente, foi o que ocorreu com o livro de Ester.
Outro livro que compõe os escritos judaicos e que também apresenta o mesmo problema do livro de Ester é o Cântico dos Cânticos, escrito pelo Rei Salomão. Neste livro, não encontramos sequer uma referência ao nome de Deus. Como então justificar sua inclusão entre os livros sagrados, ou a inspiração divina por parte do Rei ? Os sábios judeus da antiguidade chegaram a uma conclusão bem interessante quanto ao Cântico dos Cânticos. Segundo eles, a troca de elogios e o amor idealizado entre o noivo e a noiva, são na verdade, uma alusão do amor de Deus para com Israel, e por isso, a obra pode ser considerada divinamente “inspirada”.
As tradições de Purim incluem a “seudát Purim” (um jantar com os deliciosos “osnêi Haman”), a leitura da Meguilát Ester e “matanôt la-evionim” (doações de alimentos e dinheiro para os mais necessitados da comunidade)
A verdade é que podemos extrair do Livro de Ester grandes princípios e exemplos para nossas vidas. Vemos, ao longo do enredo, que Deus está no controle de nossos destinos, e que Ele sempre se apresenta como El Yeshuá, ou seja, o Deus que salva, disposto a ouvir as orações dos seus servos quando em situações impossíveis de serem resolvidas aos olhos dos humanos. Vemos também a sabedoria de Ester e de seu primo Mordechai, os quais souberam fazer uso de sua posição e status para abençoar a muitos. Além disso, o livro de Ester nos mostra que muitas vezes devemos lutar para obter a vitória assim como fizeram os judeus habitantes da Pérsia, e não apenas nos acomodarmos “esperando” um milagre. Como diz o velho ditado judaico: “creia nos milagres, mas não dependa deles”!
Chag Purim Sameach! (Feliz Festa de Purim)! ( por Matheus Zandona)
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Purim (פּוּרִים, plural de פּוּר pûr, “sorteio” em hebraico, do acadiano pūru) é uma festa judaica que comemora a salvação dos judeus persas do plano de Hamã, para exterminá-los, no antigo Império Aquemênida tal como está escrito no Livro de Ester, um dos livros do Tanach.[1] Os judeus estavam exilados na Babilônia, desde a destruição do Templo de Salomão pelos babilônios e da dispersão do Reino de Judá. A Babilônia, por sua vez, foi conquistada pela Pérsia. A festa de Purim é caracterizada pela recitação pública do Livro de Ester por duas vezes, distribuição de comida e dinheiro aos pobres, presentes e consumo de vinho durante refeição de celebração (Ester 9:22); outros costumes incluem o uso de máscaras e fantasias e comemoração pública.
Purim é celebrado, anualmente, no 14º dia do mês de Adar, que é o décimo segundo mês (nalguns anos, também o décimo terceiro mês) do mês hebraico, que é o dia seguinte à vitória dos judeus sobre os seus inimigos (ocorrido no 13º dia do mês hebraico de Adar, que foi o dia escolhido, por Haman, para a destruição de todos os judeus do Império Persa). Nas cidades que eram muradas, no tempo de Josué, incluindo Susa e Jerusalém, Purim é celebrado no 15º dia de Adar, conhecido como Purim Shushan. Assim como em todas as festas judaicas, Purim tem início no pôr-do-sol da véspera do dia do calendário comum.
O nome “Purim” vem da palavra hebraica “pur”, que significa “sorteio”. Este era o método usado por Haman, o primeiro-ministro do Rei Achashverosh da Pérsia, para escolher a data na qual ele pretendia massacrar os judeus do país.

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